Morador da zona leste, mais especificamente do Jardim Anália Franco, o contador Renan Demari busca na fé o fortalecimento para enfrentar a vida. Aos 20 anos, é membro de um grupo de jovens católicos no Santuário Senhor do Bonfim, em Santo André, no ABC Paulista.
Curioso, Renan frequentava centros espíritas quando era criança, mas nas palavras dele era algo que não o “preenchia”, como acontece no catolicismo. Católico convicto, não sai de casa sem o seu escapulário e crucifixo no pescoço. Na visão dele, um dos problemas dos católicos é que muitos não seguem a religião como deveria, apenas se intitulam como tal, e aqueles que são ativos nas comunidades, que professam a sua fé aonde quer que estejam e que frequentam a igreja assiduamente são alvos de preconceitos constantes, sendo chamados de fanáticos até por aqueles que se declaram da mesma religião.
Otimista, acredita que tem uma grande facilidade em professar a sua fé na Grande São Paulo. Um dos fatos que comprova isso é o apoio das prefeituras e do governo em realizar alguns eventos da religião, como por exemplo, o fechamento de algumas ruas para realizar as quermesses e as festas dos padroeiros, que são bem tradicionais na comunidade. Um outro evento é uma caminhada realizada anualmente no segundo domingo do mês de abril, no qual o grupo que Renan frequenta também faz parte. A procissão é realizada juntamente com o bispo da diocese e reúne cerca de 8000 jovens, saindo da prefeitura de Santo André com destino à Catedral Nossa Senhora do Carmo, no centro, passando e fechando as principais vias da cidade.
Ele acredita que o papel que sua igreja possui na Região Metropolitana de São Paulo é de extrema importância, com diversas ações que busca sempre ajudar os mais necessitados.
“Deus nos deixou um ensinamento: amai-vos uns aos outros, como eu vos amei”, é o que Renan responde quando questionado sobre a interação com pessoas de outras religiões, onde ele assegura que deve sempre ter respeito com os demais. Entretanto acredita que o preconceito é algo muito presente, no Brasil, mas que em outros países é maior, como por exemplo no Oriente Médio, onde muitos cristãos são perseguidos e assassinados.